Os Primeiros Passos

 


Os primeiros passos dos grandes escritores começam pela carta de ABC, a uns sessenta anos o primeiro livro de alfabetização era exatamente ela a estrela da sala de aula. Os métodos educacionais avançaram e se desprenderam do livrinho, hoje graças aos estudos do comportamento infantil, muitas coisas mudaram, e para melhor. Cobrir as letrinhas ajudaram, mas a liberdade de fazer ao seu estilo não copiar, desenvolveu o ensino  de forma positiva.

Em relação a décadas passadas, eu vejo uma regressão de comportamento para com a classe educadora, antes existia maior respeito por aqueles nos tiram da gente a a viseira e nos livra da ignorância. Isso acontecia não pela presença da palmatória, os zumbis das classes. Esse artefato, sempre o vi absurdo, assustador e desnecessário. 

Introduzidas pelos jesuítas como forma de disciplinar os indígenas, foi levada para as salas de aulas. Em mil oitocentos e sessenta e sete o Estado de New Jersey foi o primeiro Estado a proibir esse tipo de violência, mas no Brasil somente a partir de mil novecentos e setenta através das campanhas pelo fim da violência infantil, a palmatória foi proibida e tornando-se crime a partir de mil novecentos e oitenta. 

Eu mesmo senti o ardor da aroeira algumas vezes, não por desrespeito, mas por não saber as respostas de algumas perguntas. Quanta ignorância, eu estava ali para aprender, e não para ser castigado. Mas os primeiros passos acompanhados pela carta de ABC, foi fundamental para meu crescimento cultural, pessoal e profissional. Leio todos os dias, pesquiso, estudo, e fico feliz com o avanço nos fundamentos de aprendizado. 

Imagino que a maioria de nós temos que acompanhar o comportamento de nossos filhos e em vez de castigar, orientar, exercendo assim os fundamentos de cidadania, assim os profissionais da educação se sentirão mais seguros para formar grandes valores. A humanidade carrega fardos pesados, aos poucos, através de valorização humana encontraremos o caminho certo, e os primeiros passos de cada um será mais leve.

A.L.Bezerra

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