Era uma vez

 


Era uma vez, geralmente os contos começam assim, e quando surgem os primeiros sorrisos, o contador de histórias é recompensado pela atenção dos expectadores. As crianças é com quem devemos ter um cuidado ao expor as nossas palavras, são verdadeiros bancos de memória em expansão. Eu muitas vezes já precisei alterar alguns trechos de histórias onde aparecem palavras depreciativas, e mesmo que na época quando foram escritos não apresentassem sentido insultuoso, hoje já é bem diferente.

Possivelmente a sutileza de algumas mensagens em muitas histórias, atualmente não seja adequado ou muito menos necessário, e acontece também erros primários de interpretação, que podem trazer transtornos. Um contador de histórias precisa de sensibilidade para entender quando seu conto está interessante, olhar nos olhos dos expectadores, e fazer com eles se interessem.

Eu possuía um hábito de contar histórias para as minhas filhas, eu trabalhava em um shopping e na maioria das vezes chegava em casa depois das vinte e três  horas, e elas ainda estavam acordadas me esperando. Depois de tomar banho e jantar, me sentava entre as duas camas e inventava as histórias, nunca gostei de contas as que estavam em livros de contos, usava a criatividade criando personagens. O interessante é que muitas vezes elas pediam determinadas histórias, eu um pouco cansado encurtava o conto, e elas me alertavam que estava faltando tal parte da história.

Hoje invento contos para o meu neto, e as vezes ele fala ao meu ouvido implementando algum personagem ou roteiro, e se as minhas filhas ainda lembra dos meus contos, ele quando crescer também vai lembrar. Esse post tem como principal objetivo guardar alguns costumes os quais se eternizarão no tempo. Mesmo com muito trabalho, stress, rotinas, cansaço, que as pessoas encontrem tempo para a família, ela continuará sendo o nosso maior patrimônio.

Encontrem tempo para contar histórias, ler um livro, cantar uma canção, sentar no chão e brincar, o tempo voa, mas as nossas lembranças ficarão guardadas por muito tempo. Não sinta vergonha da fazer caretas para colher sorrisos, sendo criança ocasionalmente, e depois seremos agraciados com a magia da felicidade, um dia qualquer alguém vai lembrar da gente e falar uma vez...

A.L.Bezerra

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Transmitindo Tradições de Gerações